Porque devo lutar por um transplante renal? Se você tem insuficiência renal em fase terminal a resposta é simples: sua sobrevivência. Não apenas a diálise substitui marginalmente a função renal, como também sua qualidade de vida é pior. Inegavelmente ficar ligado a uma máquina algumas horas por semana é muito ruim. Mas, acima de tudo, se continuar ligado a ela, vai morrer antes. Isto é, se compararmos essa sobrevida à que teria se tivesse feito transplante de rim. Pelo menos como regra geral.

Veja como o transplante renal (linha azul) aproxima a mortalidade de uma pessoa em diálise (linha vermelha) com a da população geral (linha preta) . Observe na idade ao redor de 60 anos. É nessa faixa que encontramos grande parte dos pacientes. Veja o impacto.

Logicamente os pacientes devem passar por avaliação e serem selecionados para o transplante. Tanto o nefrologista quanto o urologista fazem a avaliação. A mortalidade é mais alta nos primeiros dias após o transplante, sobretudo pelas doenças preexistentes. Mas depois os benefícios são notórios.

Ressalto, contudo, algumas desvantagens do transplante de rim:
- o risco de complicações cirúrgicas;
- a chance de rejeição – em torno de 10% ;
- a necessidade de tomar medicações para o resto da vida.
Essas medicações aumentam as chances de algumas doenças infecciosas e neoplásicas.
Em síntese, se o paciente for bem avaliado e for um candidato ao transplante, essa deve ser sua opção. Lembro que, além de poder estar listado em uma fila de doação de órgãos, existe a opção do transplante intervivos, ou seja, receber o rim de uma pessoa próxima.

Assim sendo, a doação de um rim não vai apenas desligar uma pessoa de uma máquina. Vai proporcionar muitos anos de vida a ela. Converse com seu nefrologista e procure o IUP se quiser saber mais sobre transplante de rim.
1 comentário
Impotência Sexual e o Iceberg | Urologista - Dr. Tiago Aguiar · 8 de julho de 2019 às 08:16
[…] Essas não apenas são as causas mais comuns, como também as de maior impacto. Ressalto também insuficiência renal e hepática […]
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